domingo, 30 de agosto de 2009

Coliseu de Roma

Um anfiteatro, hoje em ruínas, continua sendo o símbolo de Roma (Itália). Um exemplo típico de Arquitetura e Tortura.

Sua construção, de 48 m de altura, levou de 8 a 10 anos para ser concluída. Sua capacidade era de aproximadamente 50.000 pessoas. Numa segunda etapa foi erguido o 4º andar, suportando até 90.000 pessoas. Foi utilizado para espetáculos e entretenimentos até o início da era medieval. Ali ocorreram combates de gladiadores entre si e entre gladiadores e animais, havendo muito sofrimento e mortes.

A arena, com dimensões de 87,5 m por 55 m, era forrada de madeira e, sobre ela, depositavam areia (daí o nome arena) para absorver o sangue derramado nos combates. Também foi palco de batalhas navais e, para isso, submergiam o local com água. Na parte subterrânea, existiam celas e jaulas que poderiam surgir em qualquer local da arena. A cobertura removível, que servia para proteger os espectadores do sol, demonstra o avanço das técnicas utilizadas pelos construtores romanos. Os cinco anéis concêntricos de arcos e abóbadas que formam o Coliseu representam perfeitamente o avanço introduzido pelos romanos à engenharia de estruturas. Esses arcos são de concreto (feitos com cimento natural) e revestidos por alvenaria. A alvenaria era construída simultaneamente e já servia de forma para a concretagem.

O Coliseu, não estando situado numa zona de encosta, como a maioria dos teatros e anfiteatros romanos, foi envolto por um “anel” artificial de rocha, garantindo assim a sua sustentação e, ao mesmo tempo, esta subestrutura serviu como ornamento ao edifício e proporcionava a entrada dos espectadores. Foi construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). A sua planta elíptica mede dois eixos que se estendem aproximadamente de 190 m por 155 m. A fachada é composta por arcos decorados com colunas dóricas, jónicas e coríntias, de acordo com o pavimento em que se encontravam. Esta subdivisão deve-se ao fato de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma diversificação do espaço.


Texto Por Elisane Mazzutti (Foto).

domingo, 23 de agosto de 2009

O Passado nos importa.

O passado nos importa sim, e muito. O Por que? Simples, através do passado que nos conhecemos, conhecemos culturas, origens, crenças... e na Aquitetura também é assim.


Conhecer o passado é essencial para nós futuros arquitetos, só mesmo estudando sobre isso é que nos tornaremos mais criticos, e aprenderemos a avaliar melhor a nós mesmos sobre o que produzimos.


Todos os períodos por que passamos tiveram sua história, com altos e baixos e grandes legados deixados. Queremos também dessa forma deixar para o nosso futuro algo com que possamos nos orgulhar.

Sabendo assim que conhecimento nunca é demais é para isso estamos aqui... conhecer o passado e deixar um grande futuro...
Por: Analu Chiela

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Biblioteca Pública San Juan Capistrano

Fonte: Fonte: www.michaelgraves.com. Acesso em: ago. 2009
O desafio foi identificar semelhanças da biblioteca pública de San Juan Capistrano (uma obra pós-moderna) com obras classicistas. Tudo isso a fim de entender melhor o neoclassicismo.
A biblioteca pública de San Juan Capistrano foi projetada pelo arquiteto e designer Michael Graves, concluída em 1983, na cidade de San Juan Capistrano, localizada ao sul da Califórnia, Estados Unidos. Nessa região à predominância da cultura colonial espanhol nas construções, e essa característica está presente na biblioteca, porém não ao “pé da letra”, Graves mistura o passado junto com o tradicional e cria o novo.

Utilização da arquitetura espanhola para este edifício-história:
• Paredes Stucco;
• Missão telhas normais;
• Vigas de madeira, Traves de madeira;
• Praça torres;
• Janelas pequena e profunda.

Logo de inicio, é possível afirmar que ela nada tem haver com o classicismo, porém observando os espaços e elementos individualizados, nota-se traços que lembram o renascimento (período em que apropriou-se do clássico em suas obras). O pátio interno se comparado com as praças renascentistas possui características parecidas, como simetria, modulação, horizontalidade, perspectiva, centralidade com a fonte, ortogonalidade, geometria, e nem por isso é uma obra renascentista.


Praça Renascentista, Praça Ducal de Vigevano.
Fonte: http://www.comune.vigevano.pv.it/. Acesso em: ago. 2009.

Pátio interno, Biblioteca Publica San Juan Capistrano
Fonte: http://www.bluffton.edu/~sullivanm/gravessjc/gravessjc.html. Acesso em: ago. 2009
Algumas características semelhantes ao renascimento.

Porta de Entrada, com cobertura que lembra um frontão circular.
Fonte: http://www.bluffton.edu/~sullivanm/gravessjc/gravessjc.html. Acesso em: ago. 2009


É estranho estudar uma obra pós-moderna para entender o neoclassicismo, mas ao descobrir similaridades, isso reforça a idéia de que poucas características que são exclusivas aos seus respectivos períodos e muitas vão e voltam ao longo do tempo, mas sempre de uma maneira diferente. Talvez Michael Graves nunca pensou que a biblioteca pública de San Juan de Capistrano pudesse ser comparada com o renascimento como também pode ter sido um dos objetivos dele.

Modulação está presente na imagem externa e interna.
Fonte: Fonte: www.michaelgraves.com. Acesso em: ago. 2009
Referências:
FAMOUS ARCHITECTS. Michael Graves. Disponível em: http://architect.architecture.sk/michael-graves-architect/michael-graves-biography.php. Acesso em: Ago. 2009.

MICHAEL GRAVES & ASSOCIATES. San Juan Capistrano. Disponível em: http://www.michaelgraves.com/mga.htm. Acesso em: ago. 2009.

Trabalho Desenvolvido pelas Acadêmicas:
ANDRÉIA CRISTINA SCHWERZ, LILIAN WÜRZIUS, SCHAYENE DA ROSA e VANESSA BORDIGNON.


UNOCHAPECÓ
Arquitetura e Urbanismo
Alexandre Mauricio Matiello
Teoria e história da arte, arquitetura e cidade III
4º Período

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Entendendo...

“Não tem sentido livrarmo-nos do passado para pensar apenas no futuro. Até o fato de nisto se acreditar já é uma ilusão perigosa. A oposição entre futuro e passado é absurda. O futuro não nos traz nada, não nos dá nada: somos nós que. Para construí-lo, temos de dar-lhe tudo, dar-lhe até nossa vida. Mas para dar, é necessário possuir; e nós não possuímos outra vida, outro sangue, além dos tesouros herdados do passado e dirigidos, assimilados, recriados por nós. Entre todas as exigências da alma humana, nenhuma é mais vital que a do passado.”

Simone Weil
A primeira Raiz.

Extraído do livro “A formação do homem moderno vista através da arquitetura”, Carlos Antônio Leite Brandão.



Lendo alguns pensamentos na internet encontrei um que defini a Historia da humanidade em três Palavras “Nasceram, Sofreram e Morreram.” Então, Deduz-se que o essencial da história é sofrer! Talvez a história só seja história quando ela é sofrida e marcada com sangue, dor, desilusão, cansaço, stress, mortes. E mesmo que seja belo o resultado de tudo, alguém sofreu de alguma forma para que esse belo acontecesse. Isso nos cativa nos interessa, recebe nosso reconhecimento e assim, entra para história!
Numa mistura estranha e intrigante o nome do blog reflete sobre isso, HISTÓRia e arquiteTURA, que juntos formam HISTORTURA que mais lembra historia e tortura. Mas a intenção deve ser essa, mostrar a história da arquitetura, e essa que só pode existir através da tortura de alguns. Enfim uma bela herança do passado, uma bela história, uma mensagem em pedras, paredes e alturas, que não podem ser imaginadas, mas talvez sentidas e percebidas! Cabe a nós criticar ou apreciar quando necessário.
BEM VINDOS A HISTORTURA! Sintam-se a vontade para opinar...
Por Lilian Würzius.