domingo, 4 de outubro de 2009

Arquitetura do ferro e Torre Eiffel

Como falar em Paris, sem falar da Torre Eiffel? Esse símbolo da capital francesa já foi motivo de muitos protestos e desprezada por muitos artistas franceses. A Torre Eiffel foi projetada por Gustave Eiffel para honrar o centenário da Revolução Francesa. Construída a base de ferro forjado erigido sob a forma de cruzadilhos de 18.038 peças fixadas por 2.500.000 bordas de ferradura. A estrutura da obra-prima de Gustavo Eiffel é muito arejada e resiste ao vento. Sob a sua forma imponente e com a robusteza dos seus materiais, o seu peso é de 7.300 toneladas.
Mas qual sua relação com a arquitetura do ferro?
O século XIX foi palco de um espetaculoso crescimento de inovações técnicas construtivas, cansados do historicismo da época, os engenheiros utilizaram-se de materiais redendo-se a industrialização e aos novos materiais como o ferro.
A Torre Eiffel constitui um marco na arquitetura de ferro, pois combinam de forma singular os requisitos estruturais com o senso artístico de seu criador. Até então, nada sequer remotamente parecido tinha sido construído: com 300 metros de altura. Entretanto, devido a suas características, revolucionárias para a época, a obra foi objeto de grande polêmica. Alguns técnicos asseguraram que desmoronaria, e vários intelectuais e artistas lideraram um movimento de protesto contra o que consideravam a "desonra de Paris", uma obra absurda e inútil, que tacharam de "chaminé gigante e escura". Mas também encontrou seus defensores e logo se converteu em atração turística, motivo de orgulho para os parisienses e inspiração para artistas de vanguarda, como Robert Delaunay. Não é a toa que a chamam de “Dama de Ferro”.


Torre Eiffel

Fonte:http://imgpe.trivago.com/uploadimages/52/18/5218356_l.jpeg

Por: Cintia Schuh

3 comentários:

  1. Em relação ao medo que alguns tinham de que a Torre Eiffel fosse cair por terra, gostaria de fazer um paralelo com a Falling Water (Casa da Cascata), de Frank Lloyd Wrigt. Chega a ser engraçado:

    Dizem que, quando chegou a hora de tirar as fôrmas e estruturas usadas para sustentar o concreto dos generosos terraços em balanço até sua secagem, os serventes da obra negaram-se a fazê-lo, com medo de que tudo fosse desmoronar sobre suas cabeças.
    Então Wright, certo da estabilidade das estruturas rigorosamente calculadas, foi até o canteiro de obras e começou a desmontar com as próprias mãos. E os terraços suspensos estão lá até hoje, não estão?

    Como se vê, o ceticismo enfrentado por obras que empregam sistemas e estruturas inovadoras frente ao seu tempo, como no caso da Torre Eiffel, ou que desafiam padrões tradicionais, a exemplo da Casa da Cascata, é uma constante no decorrer da história da arquitetura, expressando o medo em relação ao novo, o desconhecido, o não-dominado.

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  2. Achei bem interessante esse post sobre a Torre Eiffel, sendo quea maioria das pessoas acha uma maravilha mas não tem nem idéia da polêmica que gerou. Realmente essas novas tecnologias foram de início de dificil aceitação, já que estavam saindo de um período em que se buscava inspiração nas épocas passadas. Percebe-se essa repulsa, esse medo do novo, no comentário que o Mateus fez, sobre a Casa da Cascata, que chega mesmo a ser engraçado, mas era a realidade da época. Achei bem legal essa "curiosidade".

    Natascha Yasmin Bortolossi

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  3. Não podemos nos esquecer que no século XIX, tudo aquilo que hoje conhecemos por “Arquitetura do Ferro”, não era considerado arquitetura. Tratava-se de fábricas, armazéns, pontes com grandes vãos, naves para exposições ou estações de caminho ferro, entre tantas outras novas propostas construtivas, eram vistas apenas como “construções utilitárias”, que nada tinham a ver com arquitetura.

    Também nesta época, o ferro ou o aço eram considerados materiais “falsos”, com os quais não era possível qualquer tipo de modulação artística e que, por este motivo, não podiam ficar a vista, motivo este que fez com que a Torre Eiffel fosse declarada a “vergonha de Paris” e destinava-se a ser demolida após a Exposição Mundial.

    Percebe-se por estas afirmativas extraídas da história, que a arquitetura estava reduzida à arquitetura de fachadas, e embora isso tenha acontecido à mais de 100 anos, ainda hoje, muitos leigos acreditam que a arquitetura seja algo meramente decorativo, que deve ser exibido na fachada, como forma de ornamento e não como uma obra de conceito e características formais.

    É impossível hoje acreditar, que naquela época, este maravilhoso monumento, conhecido atualmente como a “Dama de Ferro”, tivesse sido motivo de zombaria e críticas. Inacreditável que tenha sido tratado por muitos apenas como uma carcaça de ferro exposta aos olhos de leigos humanos desprovidos de conhecimentos de cálculo, que supunham seu desmoronamento, ou que criticavam seu resultado estético formal sem saber que este foi alcançado devido à exatidão do cálculo, o que gerou consequentemente a exatidão da forma.

    Atualmente, a Torre Eiffel é conhecida no mundo todo, é um dos pontos turísticos mais visitados de Parias, além de ser um dos cartões postais mais famosos e conhecidos internacionalmente. Trata-se de um monumento que é um marco na paisagem. É impossível hoje, pensar em Paris sem lembrar da Torre Eiffel.

    Por: Andressa Glanert

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